26 julho, 2005

25.07

Um silêncio obscuro deambula pelo corredor da morte:

“ Sabes que podes morrer nessa nascente
Penetra-me e conduz-me à segunda explosão
Há uma espécie de inferno aonde o céu
transfigura os meus braços nos teus braços

Arranha-me os ombros, explora
os meus lábios com sofreguidão. Intensifica
sobre a coroa fluida do meu centro
o mar da tua mão

e tange-me os pés com avidez e luto
para que nada me pertença ou te pertença.
Encontra-me e perde-me. Lança-me ao abismo

onde tudo é escuro e brilha inexorável
o gozo de morrer e de matar.
Com a minha morte vinga a que tiveres “

In “ A Construção de Niníve” de Amadeu Baptista, livro da semana, na Pulga (4 euros)

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