31 dezembro, 2006

Este final de ano não podia ser melhor: O vulcão Eta entrou de novo em acção. É sempre bom tirar o terrorismo da gaveta. E é mais um sinal de retoma da economia Europeia. Essa velha tonta que se desfaz como um carro de palhaços. O Médio Oriente continua com o seu derrame cerebral e a América Latina continua com o seu cancro do intestino. Os EUA continuam a sonhar digitalmente com o sonho americano de que são donos do mundo e arredores. A China alimenta o seu esquizofrénico sistema comendo criancinhas em nome da paz podre. E Saddam lá se suicidou em nome da Democracia. Dizem que as suas últimas palavras foram as do Bocage: “saiba morrer quem viver não soube”. E esteve à altura. Muito gostava de ver Bush, por exemplo, na mesma situação.

Por cá Carolina dita, socraticamente o segundo romance, depois do acontecimento literário do Eu, ofendido (este eu, como sabem é deleuziano). Há quem diga que irá substituir Agustina no inenarrável Ela por Ela. No corredor da morte já corre um abaixo-assinado para propor Carolina a prémio Nobel da Literatura 2007.Saramago, Lobo Antunes, Paulo Coelho, Jorge Luís Peixoto e Margarida Rebelo Pinto, entre outros, pensam abandonar a literatura. Só agora perceberam que ela os abandonou vai para uma década. Mas Deus é grande e continua a escrever direito por linhas tortas.

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