20 janeiro, 2009

É com enorme prazer que O Centro Nacional de Contracultura lhe proporciona, em exclusivo, excertos do discurso a proferir mais logo, na sua tomada de posse, Barack Obama como 44º presidente dos EUA:

“Concidadãos dos Estados Unidos:

Em cumprimento de um costume tão antigo como o próprio governo, compareço ante vós para vos dirigir umas breves palavras e prestar na vossa presença, o juramento que a Constituição dos Estados Unidos prescreve que o presidente tem de pronunciar “antes de entrar na posse do seu cargo”.

Parece que há apreensão porque a chegada de uma administração por mim liderada ponha em perigo a paz e a segurança nacional. Mas não houve, não há nem haverá uma razão para tal apreensão.

É hoje o dia
É esta a hora

Para todos, de mangas arregaçadas e de mãos dadas, exercermos a grande mudança por mim declarada em todos os meus discursos.

É com a mão nesse Sonho que exercerei a tarefa de restaurar esse sonho maior que esta nação, sob o olhar de Deus, renascerá da sua própria liberdade, e que o governo do povo pelo povo, e para o povo, jamais desaparecerá da face da terra.

Creio que não faço mais do que cumprir com o meu dever, como a própria Constituição expressamente me incumbe, e, até onde alcance a minha capacidade, e cumpri-lo-ei desde que exequível, a menos que o meu legítimo senhor, o povo americano, me retire os meios necessários ou de qualquer modo autorizado, me indique o contrário.

Para isso não é preciso derramar sangue nem violência, e não os haverá a não ser que a tal se force a autoridade nacional.

Usarei o poder que me foi confiado para manter, ocupar e impor a propriedade, a paz e o amor não mais para além do que seja indispensável a tais fins nenhuma pressão existirá nem será usada força contra o povo ou pelo povo em parte alguma.

Onde a hostilidade aos Estados Unidos, dentro e fora, seja tão grande e generalizada que possa redundar em motivos de ódio pelo povo, ainda que o governo tenha o direito estritamente legal de exigir o desempenho da força, procurarei cumprir e fazer cumprir a Constituição.

Destas premissas decorre que nenhum Estado, por sua própria iniciativa, pode separar-se legalmente do nosso Sonho, que as resoluções e ordenações para o efeito são legalmente vãs e que os actos de violência, num ou mais Estados, contra a autoridade dos Estados Unidos, são insurreccionais ou revolucionários, segundo as circunstâncias.

Que haja pessoas que tratam de destruir a Democracia a todo o custo e se alegram a qualquer pretexto para o fazerem, não o irei confirmar nem negar, se existem, não preciso de lhes dirigir a palavra.

Mas por causa disso, não posso falar àqueles que verdadeiramente amam a Democracia?

Antes de se entrar em matéria tão grave como a destruição da nossa Democracia, com todos os seus benefícios, as suas memória, as suas esperanças, não seria mais sensato perguntarmo-nos, precisamente, por que o erguemos?

Dareis vós um passo tão desesperado enquanto persista a possibilidade de que uma parte dos males de que ouvis falar, existam realmente?

Dá-lo-eis, quando os males aos quais vos dirigis são bem maiores do que os que os verdadeiros males de que ouvis falar?

Arriscar-vos-eis a cometer um tão terrível erro?

Confio em que não seja isto entendido com uma ameaça, e antes somente como intenção manifesta de que a Democracia seja defendida e constitucionalmente mantida e assegurada.

Com as mãos dadas neste Sonho
Reitero tais sentimentos…
……”

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