04 fevereiro, 2009

FALA A CENSURA:

Tal como a minha alma gémea «os vulgares mortais dizem mal de mim; mas não sou tão néscia como os estultíssimos me julgam, pois ninguém é capaz como eu de divertir tanto os homens e até os deuses. A prova é que mal me apresentei a este vasto auditório, já nos vossos olhos brilha uma insólita alegria» surpresa até, dado vivermos um discurso sem ideologia, ou uma ideologia sem discurso indo ao encontro destes tempos sem fronteiras e sem ideologias, pobres idiotas e bastardos dessa função maior de toda a classe dominante e logo tão obscura, global e democrática como esta vaca, puta e obscena liberdade de expressão onde chafurdais cheios de auto censura, mendigando-me atenção . Tal como o falso revolucionário de Robespierre o falso censurado «talvez esteja mais vezes aquém do que além da revolução. É moderado, louco de patriotismo, consoante as circunstâncias... opõe-se às medidas enérgicas, e exagera-as quando não as consegue impedir. Severo para a inocência mas indulgente para o crime…É preciso agir? Eles peroram. É preciso deliberar? Eles querem começar por agir. Os tempos estão tranquilos? Eles opõem-se a qualquer transformação útil. Estão agitados? Ele falam em reformar tudo…» E cá estou eu bela e horrível que seria da função poética sem a minha existência? Venham a mim todos os censurados que farei deles a linguagem dominante…até já
...ha há há há há há ha…

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