23 outubro, 2011

A Ciência Estúpida e seus cretinos por A. Dasilva O. «Mais cedo ou mais tarde, encontra-se sempre um buraco em cada cu» provérbio russo Há mais de uma década, cientificamente não exacta que não tenho dito outra coisa e eu há setenta vezes sete e eu há 666 décadas que não fujo à tradição pois é estúpido dizer-se que a economia é uma ciência exacta exactamente por isso que digo e repito cirurgicamente até que o bem de bem servir se me fuja para um mundo melhor e não tenho culpa que a economia tenha andado por maus caminhos, políticos entenda-se, e deixado dominar por cretinos em estado de choque só porque não conseguem fornicar mas quem, exactamente, consegue entrar nesse buraco sagrado de algália? Os fazedores de opinião estão confusos e em estado de choque sacodem a água do capote, os financeiros apanhados a dormir sobre os juros do consumo, cospem para o ar e os gestores o que querem é reformas, muitas e muitas reformas até a apatia se instalar de vez. O tempo ajuda, a relatividade também. A seca é extrema e os funcionários públicos não dormem. Navegam na net em busca de um ponto de fuga para desertarem deste buraco negro: Do outro lado do atlântico comemora-se a razão de ser. A terra é prometida num sonho fastfood democrático, num western onde o bem e o mal pós-moderno se dobram e desdobram, como carne para canhão, em acção. As imagens como refúgio e excesso da melhor defesa: o ataque. O choque tecnológico da lavagem ao cérebro neoliberal da opinião pública.


 Ironia do destino, por A. Dasilva O. (o guru do lixo)

Como cada cidadão que se preze sou acusado de ter vivido acima das minhas possibilidades sendo com tal um rendimento líquido muito alto (ultra-high-net-worth) com residência fixa, pós-laboral na entrada principal do banco de Portugal, quando não em viagem pelo mundo pós-droga. Esse ex-luxo que apenas o experimentam como testemunhas do capital selvagem, todos os marketers pequeno burgueses dessa decadente indústria que é ser escravo do dinheiro quer seja do vivo quer do de plástico.
 A vida é o meu cartão multibanco, e é um luxo e é preciso vivê-la para lá dos seus limitados e medíocres prazeres.   
Nessa ironia tenho oportunidade de experimentar tudo ao mais alto nível, roubando para comer, fugindo aos impostos como público-alvo (o que será um cidadão sem os impostos) sem perder a sua dele componente emocional.
Ainda ontem andei à porrada com um marketers que chorava como uma madalena dentro do seu topo de gama carregado de perfumes, cosméticos, pranchas de surf e todo um imundo de luxos deflacionistas. Parti-lhe o focinho a seu pedido pois o seu patrão pagara-lhe  em  géneros. Descarreguei-lhe toda a minha experiência pessoal e tentei adaptá-lo à minha filosofia de vida.

É vê-lo todo satisfeito a mendigar à porta da Capela das Almas  com o seu irreconhecível fato Armani enquanto na esplanada ao lado belo uma lágrima de Cristo com duas pedras de gelo e releio salteadamente «Os Enterrados Vivos» de Murielle Gagnebin