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A Grandeza de Deleuze, uma poética da difracção
O pó não voa
suspende-se no
ar
tal máscara
Faz tempo
mas as sua cinzas
não param
de sair da crematística máquina
como papel de
tesouro
lavado em sangue
no fundo perdido
A estátua cai de
estúpida
ao deixar de
respirar
o seu tempo
Uma malformação
filosófica
enquanto funda a sua época
deparando-se
sempre com esse canhão
de carne humana
metafisicamente
aferrolhado num
perdido olhar
de quem tem
horror ao precipício
O homem
reproduz-se por guerras
A. Dasilva O, fotos de António S. Oliveira