21 junho, 2012

Máquina do mal-estar





Máquina do mal-estar

O relógio do tempo
não perde tempo
por parado está
A fazer contas à vida
tentando conseguir tempo
para se afastar
do seu tempo

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Misérias tamanhas
se  aproximam tais nuvens
Carregadas de discursos
do bem-estar
Explodindo flores
que cheiram a esturro
e a carne humana assada
na grelha de um futuro
risort risort risort

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Mas mais tempo de no poder terá de estar
com grandes sacrifício pessoal
a fim de aprofundar tamanha miséria
de um povo ignóbil que nem ler nem escrever
sabe das novas oportunidades
que um cidadão escravo tem
Se enfim perceber
se não mata
morre  e as estatísticas confirmam
O Estado está a emagrecer
trinta mil num ano falecer
para sobreviver este doce país e a sua
carne  abastecer o coração da Europa