14 setembro, 2015

Depois do 11 de setembro voltou a ser possível a poesia, diz o poema

                                                                                                                                                                                                                                                            Depois diz que a musa tem formigas, diz o poema





sem poesias, pusias ou retóricas, diz o poema, um migrante, refugiado e pária um poeta é






Ser poeta é,
não ser cera,
diz o poema, e tal como diz a fonte,
Estou contaminada bebida
Partirá desta pra outro monte
onde ser já era

E agarrada ao poema bêbado
Leonor mija flores pirilampo
Já fonte não sou,
diz o poema, insegura
No seu barril de pólvora estéril







tristeza é uma festa, diz o poema
Depois do 11 de setembro voltou a ser possível a poesia, diz o poema    digo e repito, diz o poema, este poema não foi escrito por mim
Cão que ladra não fala, diz o poema


Desfaço-me na Alma e não na boca, diz o poema

Não, eu não estou na Feira-do-Livro-do-Porto por estar esgotado, diz o poema, querendo peçam os meus restos imortais " EXCREMENTOS" no pavilhão 7 Matéria Prima