30 abril, 2018

Hoje fiz das tripas um poema, diz Prosa K



Cada cego tem a sua maneira de ver, diz Piropos

Beijo logo traduzo, diz o poema


A ver memórias
humanas
demasiado humanas
interior em cinzas
a Ruína chora
os seus ente queridos
como escudos
humanos


dilu Ente




Estar calado é libertar um barulho ensurdecedor, diz o poema


Calem-se poemas, deixem ouvir o poeta, diz o poema



Tirou-me como palavras da boca, diz o Poema

À sombra do Resili Ente
o medíocre
ama nu ense de poemas
só pode ficar nervoso 
com os meus peidos 

dilu Ente



A PUREZA é um mito, Eurídisse
dilu Ente

Não se pode dizer a um Poeta,
Salve-se!
mas, Exista!
dilu Ente


Atirou-me as palavras da boca, diz o Poema

O Homem é um fato e terno
A morte é uma cobra com um cadáver vivo dentro TODA, Memória Viva, diz o poema

A morte é a minha viúva preferida, diz o poema



Quando alguém morre
torno-me num desconhecido
dilu Ente

Quando alguém nasce
toda a gente diz
que é um pai babado
dilu Ente

Quando alguém encontra a sua voz
dizem que fez um pacto com o diabo

dilu Ente

Pensar o Bem
não responsabiliza
o mal que dele pode resultar
Falha Humana
de quem me criou
tal sismo
onde os deuses menores
despejam as minhas humanas
necessidades satisfazendo-as

dilu Ente


O poeta está na Lura, diz Piropos



É quem mais cospe na página-em-branco o leite derramado do seu umbigo, diz Prosa K