As forças do bloqueio continuam a informar as fakes news
Quando não há notícias do bloqueio, diz o poema, desespero agarrado à página em branco
Minha velha ama
e depósito de angústias
Foda-se, diz o poema
A morte só me traz amargos de boca
A morte só me traz amargos de boca
Sou multifacetado, diz o poema
Tuitado e Instagramado
Ponto poste
Tuitado e Instagramado
Ponto poste
É verdade que os, as poetas estão a ver o bigbrother, diz Prosa K
Leiam até ao final, dizem alguns postes, até ao ponto final ou até ao final do tempo? disse Mina
Hoje borrei a minha cara com merda e desfilei higienicamente, diz Prosa K, esta é minha narrativa carnavalesca e foi quem mais elogiou a minha máscara e até queriam adquirir uma, mas não tenho merda para o semelhante
Tenho sacrificado o meu ego, diz Prosa K, ainda ontem dei um murro no meu umbigo, e tem sido a minha narrativa, crítica e criativa. É um sacrifício antigo, talvez o último como narra a nossa história da literatura, e religiosa onde são vários os relatos de monges a baterem com o seu pénis nas pias e nas paredes das suas celas. Reza a história que o padre António Vieira também o praticou, nomeadamente e alegadamente no tronco das árvores da Amazónia.
Foi preciso estar em cima do acontecimento para a curva baixar a bola, diz Prosa K, ainda mando na minha estirpe, se não me posso vender numa livraria vou para a montra dos talhos
Porque é que ninguém se cala nem pela calada da noite?, diz Prosa K num silêncio ensurdecedor a solidão fala à beira dum ataque de nervos
A minha vida é um livro aberto numa livraria fechada, diz Prosa K
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