29 junho, 2005

29.06

Começou a beatificação do Diabo. Finalmente começa a ser reposta uma injustiça. Afinal não há comunidade em que a maior parte dos seus cidadãos não tenham aos seus serviços recorrido. A Alma é um produto descartável de tal maneira que são poucos, os ilustres desconhecidos, que a não tenham vendido para melhor sobreviverem neste prostíbulo moral.

Animal não concorda. A sua alma é o seu instinto de sobrevivência. Mas admite academicamente que ela pode ser vendida por dá aquela palha. Quanto mais for vendida, mais alma, tal prostituta quanto mais fornica mais pura é, como Sade bem nos narra. A sua entrega à extinção, reforça e fortalece a sua natureza, evitando a humanização.

Humano, demasiado humano, tatua-lhe Grafitti nas costas

E a Língua? Não passa de uma escrava da velha Pandora. Mas eu amo a Europa, declara Céptico. Não passa de uma balzaquiana, goza Séptico: “ Acho-lhe finura, espírito; mas, de uma ignorância surpreendente” descontextualiza Sarrasine, de Honoré de Balzac, Farândola, 7 euros.

Animal enche o corredor da morte com gargalhadas diabólicas: - se não desejo o poder, porque é que querem fazer de mim um escravo, vós que estais em extinção?!

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