12 julho, 2005

12.07

Estão todos a fazer contas à vida, enquanto a morte está a banhos na grande urbe. Banhos de multidão e sangue. De volta ao corredor da morte o tédio é de cortar à faca. Deus continua no seu voto de silêncio. Alcoviteira lambe Animal como se este fosse uma grande ferida. Grafitty e Graffiti esgrimem argumentos sobre os recentes atentados e choques de civilização entre abundantes raciocínios selvagens e outros coitos interrompidos pelo desenrolar dos acontecimentos que bêbedos de chamas, abrem para a necessidade de domesticar a privacidade e reduzir temporariamente a liberdade individual para melhor exercer a cidadania. A democracia está em perigo. Os partidos tentam transformá-la num condomínio fechado. “E aqui começam as dificuldades do lado da prática. Se toda a prática (trabalho, política ou ciência – não há aqui diferença de plano, todas se desenvolvendo segundo o mesmo modelo do « modo de produção») está ancorada nas suas condições históricas concretas dadas, como subtrair a produção científica à influência da ideologia que, no entanto, presumivelmente teria sido já relegada para uma região anterior ao corte? E a política? Quem detém os meios de produção (teóricos) das transformações sociais? O comité central do partido? Com todos os seus seguidores e adversários por igual mergulhados no pântano da ideologia” in “ O Estranho caso da morte de Karl Marx” de Ângelo Novo, livro da semana, na Pulga, a 5 euros “ Os artigos e ensaios que fazem parte deste volume têm como traço de união o facto de se situarem todos dentro de um esforço de divulgação e renovamento do pensamento marxista...”

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