O Monstro decidiu-se, finalmente. Pulga imagina a dificuldade, nos nossos dias, em declarar-se. O Monstro ama o Povo. Ele e o Povo confundem-se na falta de profissionalismo. A política é para os fracos. O Povo está todo húmido e imagina o sofrimento de tamanha decisão. A responsabilidade é quase desumana, a de estar aí acima de todos os condenados à morte. O quadro está, então definido. A Velha, o Monstro e os seus anões. Deus seja louvado. Assim seja a Pátria e a Autoridade. Democraticamente. A gripe das aves pode esperar. A Democracia também, entre banhos de multidão, lavagens ao cérebro e intoxicação televisiva.
No entanto, em Singapura mais uma execução por enforcamento está garantida. No corredor da morte há um silêncio de cortar à faca. Estamos todos de torcicolo.
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