23 novembro, 2006

Na montra de uma farmácia na baixa a morte tem um cigarro na mão direita. Olhando bem é medicinal e não está pensativo. Na televisão alguém bate nas imagens. Com distanciamento crítico um poeta vomita silenciosas lágrimas.

Aqui no corredor da morte é quem mais dá corda ao cebola biológico. Todos os Nobel são fascistas. Ponto de interrogação.

Os subsídio-dependentes pedem esmola junto aos semáforos e arrumam carros e alguém grita : uma cidade vê-se pelas putas.

A literatura também

Sem comentários: