14 agosto, 2008

O Grito Contrafeito

Da Europa
Atirando-se para essa enorme piscina do meio
Tal criança

Onde cada povo
Esconde o seu genocídio
Vendendo as suas ossadas
Como objectos únicos
Desse ancestral saber

Portugal desfaz-se em feiras medievais
O trigo e o joio traficam o kitch
Cadáver que finge que é um cadáver
Onde o sacrifício é andar por aí

A terra a quem a trabalha
O essencial, o que será isso?, é para esquecer
Os sonhos a quem os interpreta
Ao ricos, de espírito?, que paguem
A miséria económica
O regresso à natureza?
Só com prosac

Os amanhãs cantam em playback
Enquanto os deuses do olimpo
Fazem quimioterapia

Sem comentários: