Temos de ser práticos, diz o poema
Em poucas palavras
Nada dizer
Eu faço parte do problema, diz o poema
Eu sou as tuas entranhas o teu cérebro vadio, diz o poema, e nas minhas veias sangue circula em contra mão e merda nos meus intestinos de carne e osso
Há quem se enerve com os meus dizeres, diz o poema, papagueando academicamente que o poema não diz nem diz mente que não passo desse pássaro estranho conhecido por gaseificado que se entranha nas entranhas do papel higiénico do discurso da ordem do eixo sintagmático e eixo paradigmático seu querido intestino e zona de conforto e nesse confronto não pararei de dizer o vótimo desse papel editado pelos meus obs-curas-chulos académicos e suas viúvas analogicamente poéticas doenças de musas quando vivo que quando morto se divertem na minha pança-arca vasculhando a peputa que os pariu, digo e repito e tenho dito, diz o poema
Passei a tarde a comer poemas e a cuspir pássaros de papel, diz o poema
pela boca
me querem
cal
ar
diz o poema
Hidra concorda com o pa
pa francisco, diz o poema
A pa
lavra é a única cinza que re
nasce quando es palha
da
Não te estiques, diz o poema
que sou curto
e grosso
Se não gostar de nim quem gostará?, diz o poema
O silêncio não dorme nem escreve poesia, diz o poema
a poesia espreita
e peidos meus
a
seita, diz o poema
É quem + acorda com um poema no cu, diz o poema
Estou excitado mas a página em branco está com o período, diz o poema