26 maio, 2017

Abjeccionista da Silva Objeccionista, diz o poema manifesto caiado de velho

PEIDO
Entra em cena e na sua boca
Peida-se
Palmas e bravos
Sorri e agora chamo o autor ao palco
Para umas breves palavras.

Levo um poema ao micro
Ondas um dois três vinte e um segundos
Depois está pronto a comer
Para te enterrar

O Poema em fogo
as mãos cheias de línguas de perguntadores atrevidos
esganados pela literatura de cordel
dilu Ente

A mina de covis


a dobrar
a geológica
moeda
a curvar-se
na obra
Estou a ver
a dobrar
a geológica
moeda

diz o poema

a curvar-se
na obra
sou tão fino
tão fino
como os cabelos
do cu
duma agulha

Cadáver de pau feito
Abjeccionista da Silva Objeccionista, diz o poema

diz
Fiezar, aziago
diz berros

Fier fier 

já erra
No mercado queda
Vermelho
diz
Fielrarzem-te
diz
Flock you


Cruzadas
estamos bem
sem vintém
com a barriga
cheia de intelectuais

ervas
dilu Ente chã


A céu aberto, diz o poema
Firmamento
As estrelas são valas comuns
De anjos, arcanjos e querubins