Pulga está em obras. Melhor em manobras. Está a ganhar forma estética mais uma instalação: Poema Bomba de Nunes Zarelleci. Tudo à base de ferro, ferrugem, letras e acrílico.
“Tempos houve em que a morte foi uma coisa Pop”, escreve-nos Fernando Guerreiro- ler em Art Campbell-, onde “A morte seria esse momento (esse retorno a um contínuo) em que se fundem os sentidos”
“Hoje, contudo, a morte deixou de ser uma coisa-Pop. Nem sequer é popular, humanizou-se: tornou-se humana, demasiado humana...Perdeu o seu fulgor épico.”
Nesse sentido? Poema Bomba tenta a erupção desfazendo-se na reprodução de si mesmo.
Chove cinza. A feira do livro arde? “ A cidade como febre” Postais Rasgados “ Tornar-se-á a cidade diferente, vista de cima? Uptown/downtown- haveria duas realidades, estéticas, princípios? Então, Urbana não se limita a sentir mas é como que tocada, violada, penetrada pelos elementos que agem directamente sobre a pele como estímulos imediatos e repentinos, cegos e mudos. Uma febre ébria que lhe arrepanha a pele, lhe cresce pelos membros e a faz ser um elemento, um instrumento de grande cadeia eléctrica (browniana, encefálica e mecânica) que de dia atravessa as ruas e de noite faz com que se acendam ou apaguem as luzes.”
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